Mensagem a amigas e amigos que me apoiam

7 de agosto de 2012






No final de 2011, fui convidado a ser candidato a vereador pelo Partido dos Trabalhadores. Após analisar cuidadosamente, vi que não seria possível empreender este desafio, neste momento.

Tenho diversos compromissos com a universidade e com minha família, que exigem o máximo da minha dedicação. Creio que esta também é uma forma de colaborar para o bem coletivo.

A cidade é de todos

Sou imensamente grato a todos e todas que me apoiaram. Muitos ainda nem sabem da minha decisão tomada há alguns dias. Esta decisão não significa cruzar os braços. Continuo acreditando e trabalhando, como muitas e muitos: sei que a nossa cidade precisa conquistar a educação de qualidade, a saúde digna, enfrentar o problema da violência.

É necessário fazer do trânsito meio de encontros em lugar espaço para transtorno, segregação e violência. É imperativo fazer com que a urbanização aconteça respeitando a natureza e o bem estar social, incluindo os mais pobres. A nossa cidade precisa ser de todos, ou não será de ninguém. Para isto, precisamos combater o cinismo na política, a falta de transparência, tornar a nossa sociedade justa.
A cultura é instrumento primordial para a reinvenção da nossa sociedade. A arte faz com que sejamos ousados para enfrentar os desafios urbanos. 


As soluções são coletivas


Não há soluções mágicas para Natal. Nos rumos da sociedade, não há caminhos sem o sacrifício de longas caminhadas, muitas vezes, com pés descalços no chão pedregoso. Um bom começo é rejeitar as escolhas fáceis, aquelas que nos conduzem às mesmas pessoas de sempre. Façamos a renovação, nos partidos, nas urnas, nas ruas e nos espaços virtuais.

Sei que a felicidade individual a cada dia se torna mais dependente da felicidade coletiva. Isto só é possível por intermédio da política, que é a arte de utilizar o poder a serviço de todos, em benefício público. Qualquer interpretação diferente desta depõe contra a democracia, contra a dignidade humana, nos coloca mais próximos da barbárie.

A solução é participar

Há quem queira demonizar a política, tão cheia de vícios e virtudes quanto a nossa sociedade. Esta visão pode estar a serviço de outros interesses, forma ardilosa de construir a ditadura da ignorância. Os desvios existem e devem ser combatidos com a participação de todos, única maneira de construir a cidade que queremos.

De minha parte, continuarei exercendo a minha cidadania pelo caminho da comunicação, da educação, da cultura, do engajamento em organizações da sociedade e também pela via eleitoral/partidária, tão cheia de contradições quanto outras formas de participação. E tão necessária quanto as outras.

O que não podemos é afundar na apatia, facilitando a derrota da sociedade. Continuemos lutando, então.


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