Valorizar a Comunicação, Valorizar os Comunicadores

26 de março de 2011

A Comunicação Social, como o próprio nome evidencia, é voltada para o interesse da coletividade. Todos têm que se reconhecer na Mídia. Os processos, os produtos e os produtores de conteúdos para a Comunicação Social devem estar antenados com os problemas das pessoas, buscando refletir a diversidade do nosso estado, do nosso país, do nosso mundo.

Entretanto, a Comunicação Social só poderá avançar se houver valorização dos comunicadores e das estruturas que possibilitam a criação de jornais, revistas, livros, programas de Rádio e TV, páginas na Internet. Devemos reconhecer o dinamismo do processo comunicativo, ressaltando que diversas outras modalidades de disseminar a informação surgem a cada dia.

É maravilhoso perceber que cidadãos, dos mais diferentes níveis de escolaridade, das mais diferentes faixas etárias, passam a se apropriar dos meios de informação/comunicação, independente de renda ou de orientação sexual. Diante destes acontecimentos, observa-se a virtual democratização da comunicação. Esta participação pode e deve crescer consideravelmente.

Há quem veja tal fenômeno como uma ameaça à profissionalização dos Comunicadores Sociais. Definitivamente, discordo. Se os cidadãos ingressam na Mídia e passam a ser protagonistas, aumenta a necessidade de profissionais especializados que possam colaborar e organizar este processo. Os Comunicadores Sociais são os profissionais que atenderão a esta imensa demanda: fortalecer a relação ensino-aprendizagem no que se refere a conhecimentos técnicos e científicos inerentes ao ato de comunicar.

Além de tudo, há funções que devem ser realizadas apenas por profissionais especializados: a reportagem, a produção, a edição e a direção são apenas alguns exemplos. É alvissareiro perceber que um número cada vez maior de indivíduos pública seus artigos, suas ideias. Contudo, há algo preocupante: muitos se consideram capacitados automaticamente a desempenhar atividades que exigem aperfeiçoamento constante. Trata-se de equívoco evidente. Todos podem fazer de tudo na Comunicação Social, contanto que se preparem para tal. Haverá melhor preparação do que a Universidade?

Pela valorização da Técnica

10 de março de 2011

A Universidade é vista como o lugar de construção e difusão da ciência. Entretanto, esta é apenas uma das dimensões do ensino superior. A Universidade também tem que manter um diálogo constante com o mundo da técnica, das soluções para os problemas imediatos que interferem no cotidiano.

Quando falamos da produção audiovisual relacionada à UFRN, devemos valorizar os aspectos técnicos, pois são eles imprescindíveis para estruturar os processos produtivos. O conhecimento científico, a experimentação, as abstrações artísticas e filosóficas são oportunas, porém tudo se inicia com a técnica elementar. Sem valorizar os servidores técnico-administrativos, sem fortalecer o acervo de equipamentos, sem repensar as estruturas não é possível ousar.

Pensar e Realizar

A TV, o Rádio e as agências de notíticias são meios excepcionais para um diálogo franco entre técnica e ciência, especialmente quando falamos sob o ponto de vista da comunicação pública. Podemos e devemos ousar na produção de conteúdos, sem descuidar das inúmeras funções eminentemente técnicas que fazem da comunicação um dos principais esteios da sociedade contemporânea. Se desejarmos empregar a Mídia como ponte para a transformação humana, não podemos ignorar o poder advindo do saber fazer.